A venda de esposas era uma prática peculiar na Inglaterra do século XVII, onde o divórcio era caro e complicado. Essa alternativa inusitada permitia que esposas fossem leiloadas publicamente, muitas vezes em mercados locais, como uma solução para casamentos infelizes.
A prática da venda de esposas na Inglaterra do século XVII
A prática da venda de esposas na Inglaterra do século XVII era um fenômeno social curioso e, em muitos aspectos, controverso. Essa prática, que pode parecer estranha para os padrões modernos, era uma solução para casamentos problemáticos e questões financeiras.
Durante esse período, a venda de esposas era frequentemente utilizada como uma alternativa a divórcios caros e complicados. Quando um homem decidia que não queria mais sua esposa, ele poderia optar por vendê-la a outro homem, geralmente em um leilão público. Essa prática não apenas liberava o marido de suas obrigações matrimoniais, mas também oferecia à esposa uma nova chance de vida ao lado de um novo parceiro.
Um exemplo notável dessa prática ocorreu em 1650, quando um homem chamado John Waller vendeu sua esposa, Mary, por 5 xelins. O ato foi realizado em uma praça pública, onde a esposa foi apresentada aos potenciais compradores. Essa venda foi registrada em documentos da época, mostrando que a prática tinha um certo reconhecimento social.
Além disso, a venda de esposas era muitas vezes vista como uma forma de negócio. Os homens que compravam esposas frequentemente esperavam que elas contribuíssem para a renda da casa, seja através de trabalho doméstico ou outras atividades. Assim, a prática refletia as normas sociais e econômicas da época, onde o valor de uma mulher estava intimamente ligado à sua utilidade dentro do lar.
Embora a venda de esposas tenha sido uma prática aceita em alguns círculos, ela também gerou críticas e controvérsias. Muitos viam essa prática como uma forma de objetificação das mulheres, reduzindo-as a mercadorias que podiam ser compradas e vendidas. Com o tempo, a prática começou a desaparecer, especialmente com o advento de leis que tornaram o divórcio mais acessível e menos oneroso.
Em resumo, a venda de esposas na Inglaterra do século XVII é um exemplo fascinante de como as normas sociais e as questões econômicas moldaram as relações de gênero e o casamento na época. Essa prática, embora estranha para os padrões contemporâneos, oferece uma visão única sobre a dinâmica social e econômica do período.
Fonte: Reddit
