O executor de Paris entre 1840 e 1847, Henry-Clément Sanson, tinha uma relação complicada com sua profissão. Ele não apenas detestava o que fazia, mas também desenvolveu vícios caros para lidar com isso. Para aumentar sua renda, ele começou a cobrar pessoas para assistir à execução de uma ovelha com sua guilhotina, uma prática bastante inusitada e reveladora de sua situação. No entanto, sua história não termina aí, pois ele acabou por penhorar a guilhotina e planejou mudar para um machado. O governo, percebendo a situação, decidiu comprar a guilhotina de volta e o demitiu. Essa narrativa intrigante nos leva a refletir sobre as complexidades da vida de um executor e as pressões que ele enfrentava.
A vida de Henry-Clément Sanson
A vida de Henry-Clément Sanson foi marcada por um papel controverso na história da França, especialmente durante o período da Revolução Francesa.
Nascido em 1799, ele era parte de uma família de executores, uma profissão que carregava um estigma social significativo. Sanson se tornou o último executor da guilhotina em Paris, um símbolo da justiça e da punição na época.
Durante sua carreira, ele executou várias figuras notórias, incluindo Louis XVI, o rei deposto, e Marie Antoinette, a rainha que também enfrentou a guilhotina. Esses eventos não apenas moldaram sua vida, mas também o tornaram uma figura central nas narrativas sobre a Revolução. Sanson descreveu em suas memórias o peso emocional que sentia ao realizar essas execuções, revelando um homem dividido entre seu dever e sua consciência.
Além de seu trabalho como executor, Sanson também se destacou por sua habilidade em manipular a guilhotina, tornando-se um especialista na arte de executar de forma rápida e eficiente. Ele era conhecido por sua precisão, o que lhe rendeu respeito entre seus colegas, mas também o isolou da sociedade.
A vida de Sanson foi repleta de desafios, incluindo a luta contra o desprezo público e a busca por uma vida normal fora de sua profissão.
Após a queda da guilhotina, Sanson se retirou da vida pública e passou seus últimos anos em relativa obscuridade, refletindo sobre seu passado e as escolhas que fez. Sua história é um lembrete sombrio do papel da pena de morte na sociedade e das complexidades morais enfrentadas por aqueles que a executam.
Fonte: Reddit